“Como maçãs de ouro em salvas de prata,
assim é a palavra dita a seu tempo”
Editorial
A cruz de cada dia
O Senhor nunca ilude os seus, prometendo-lhes caminhos fáceis e luminosos. Não os atrai nem os compra com o ouro do engano. Não lhes oferece riquezas que pelo seu esplendor ocultassem o sofrimento, nem diademas que fizessem esquecer a dolorosa coroa de espinhos. Não. Logo nos primeiros passos de nossa jornada, projeta-se a escura sombra da cruz. “Se alguém quer vir... tome cada dia a sua cruz e siga-me”.
Mas é nessa sombra que o sol se descobre, nessa aparente maldição que a Sua benção espera por nós.
O próprio ato de levar a cruz aumenta a nossa força.
Este é o paradoxo da Graça. Poderosas energias transitam do peso que nos verga para o espírito que nos liberta. Ao tomarmos, corajosamente, sobre os ombros o nosso fardo, eis que um místico sopro nos visita o coração e uma estranha leveza nos envolve. O lenho da cruz torna-se árvore viva e uma secreta e misteriosa seiva nos percorre a alma.
Rejeitar a Cruz é então, loucura das loucuras!
Porque ao recusarmos a fraqueza, fugimos à força; ao esquecermos o dever, escapamos à inspiração; ao pouparmos o nosso sangue, ficamos anêmicos para sempre! “Qualquer que por amor de Mim, perder a sua vida, salva-la-á”.
John H. Jowet (adaptado)
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